O Sebrae participa da COP28, a Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. A instituição integra a maior delegação brasileira já enviada a uma cúpula do clima e destaca o papel estratégico das mais de 15,4 milhões de micro e pequenas empresas no Brasil na transição energética. A presença do Sebrae na COP28 é relevante, considerando a preparação para a COP30, agendada para 2025, em Belém (PA).
No Pavilhão do Brasil, o presidente do Sebrae, Décio Lima, e o presidente da Apex-Brasil, Jorge Viana, enfatizam as perspectivas para o evento no Brasil. Ambos defendem o papel crucial das micro e pequenas empresas na redução de emissões de gases de efeito estufa e na adoção de práticas mais sustentáveis no país. As instituições destacam o protagonismo do Brasil na agenda energética global.
Décio Lima, presidente do Sebrae, destaca a importância das micro e pequenas empresas na economia verde. A missão do Sebrae visa demonstrar que o desenvolvimento sustentável está intrinsecamente ligado aos pequenos negócios brasileiros.
“Nossa orientação dentro da economia globalizada e nossa presença na COP 28 recebe a atenção da Apex devido ao papel das MPE na economia verde. A missão do Sebrae é justamente mostrar que o caminho para o desenvolvimento sustentável passa, necessariamente, pelos pequenos negócios brasileiros”, afirma Lima.
Jorge Viana destaca a ameaça à vida causada pelas mudanças climáticas e a importância de liderar o debate sobre meio ambiente. O Brasil, segundo Viana, recupera seu protagonismo fundamental nesse contexto.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em discurso na COP28, reforça os esforços do Brasil para enfrentar as mudanças climáticas. Ele destaca a implementação insatisfatória de acordos anteriores, como o Protocolo de Kyoto e os Acordos de Paris. Lula projeta a importância das próximas conferências, especialmente a COP30 no Brasil, para definir novos objetivos de financiamento e formular novas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs).
Lula reafirma os compromissos do Brasil, incluindo a redução de 48% das emissões até 2025, 53% até 2030 e a busca pela neutralidade climática até 2050. Ele destaca os esforços para zerar o desmatamento na Amazônia até 2030, com uma redução significativa nos primeiros 10 meses deste ano, evitando a emissão de 250 milhões de toneladas de carbono na atmosfera.