Dados recentes do Instituto Todos pela Educação, citados em rede nacional em 11 de agosto, apontam que 44,4% das crianças de 0 a 3 anos no Acre estão fora da educação infantil. Nesse contexto, a Prefeitura de Rio Branco informou que vem concentrando esforços para ampliar o atendimento, com foco na faixa de 0 a 2 anos.
A rede municipal reúne 15 Centros de Educação Infantil (CEIs) e 14 creches. O atendimento é organizado em berçário (a partir de 6 meses), creche (a partir de 1 ano e 7 meses) e pré-escola (4 e 5 anos). Em 2024, 4.531 crianças foram atendidas em creches; em 2025, o número subiu para 4.708, incremento de 177 matrículas. Desse total, 24 vagas são de berçário, distribuídas em três turmas de oito bebês.
Para ampliar a oferta, a gestão municipal executa obras de duas creches com berçários: uma na Vila Acre e outra na região da Defesa Civil (bairro Tancredo Neves). Juntas, as unidades terão capacidade de atender até 600 crianças. Cada obra recebe R$ 6 milhões do orçamento municipal, totalizando R$ 12 milhões.
No balanço das entregas, a Prefeitura inaugurou em 2025 o CEI Professor Beline Araújo, no bairro Cidade do Povo. A unidade tem 10 salas — duas para berçário, quatro para creche e quatro para pré-escola — e oferta cerca de 118 vagas. Somado ao CEI Maria Danila Pompeu e a outras unidades da região, o conjunto alcança 370 vagas para crianças de 4 meses a 5 anos, em meio período ou período integral.
Segundo o prefeito Tião Bocalom, quando a atual gestão começou não havia vagas para crianças de 0 a 2 anos e, por isso, duas creches com berçários estão em construção para atender essa demanda. O vice-prefeito e secretário municipal de Educação, Alysson Bestene, afirmou que a pasta inaugurou um CEI com berçário na Cidade do Povo, prepara a entrega das duas novas unidades e trabalha em convênios para ampliar a oferta. Ele destacou ainda o fornecimento de kits pedagógicos e de higiene, além de fardamento e alimentação.
As unidades da rede municipal oferecem café da manhã, almoço e lanche da tarde. O processo de matrícula segue edital com prioridade para crianças em situação de vulnerabilidade, filhos de pessoas com deficiência e de mulheres vítimas de violência. Quando a procura supera a oferta, a seleção é feita por sorteio público com participação da comunidade e registro em ata.