A produção de castanha-do-Pará manteve o Acre na liderança do extrativismo nacional em 2024, representando 51% do valor total obtido pelo estado com a extração vegetal. De acordo com a pesquisa Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS), divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (25), o setor alcançou R$ 115,8 milhões em valor de produção, dos quais mais de R$ 59 milhões vieram exclusivamente da castanha.
Foram produzidas 9.945 toneladas do fruto, um crescimento de 5% em relação a 2023. Mesmo com a queda no preço pago aos extrativistas, a cadeia se manteve em expansão, mostrando a relevância do produto na geração de renda e no fortalecimento da economia florestal. Municípios como Xapuri, Brasileia e Rio Branco se destacaram, somando mais de R$ 32 milhões em valor de produção.
O governador Gladson Cameli afirmou que os números refletem a consolidação do Acre como referência em bioeconomia e conservação. “O Acre tem mostrado ao Brasil e ao mundo que é possível conciliar desenvolvimento econômico com respeito à floresta e às comunidades que dela vivem. Os resultados da produção extrativista em 2024 comprovam que nossas ações voltadas à bioeconomia estão no caminho certo. Com projetos que valorizam a castanha, o látex, o açaí e a madeira manejada, estamos fortalecendo os extrativistas, gerando renda e promovendo um modelo de desenvolvimento que respeita nossa identidade amazônica. O Acre é exemplo de que floresta em pé também é sinônimo de progresso”, disse.
Os dados reforçam a importância da castanha na economia regional, com impactos diretos para comunidades tradicionais que dependem do fruto. Além de movimentar recursos financeiros, a produção fortalece práticas sustentáveis de uso da floresta e mantém a tradição extrativista como pilar de desenvolvimento no estado.