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Educação

Ensino rural e indígena recebe novas obras e escola revitalizada na Transacreana

O governo do Acre entregou nesta terça-feira, 25, a revitalização da Escola Estadual Rural Monte Alegre, na Transacreana, em Rio Branco, como parte de um conjunto de investimentos que totaliza mais de R$ 30 milhões destinados à educação rural e indígena em diversas regiões do estado. A ação busca ampliar o acesso à educação para estudantes que vivem em áreas de difícil deslocamento e reforçar a estrutura das unidades escolares distribuídas na zona rural e em territórios indígenas.

O investimento na Monte Alegre foi de R$ 343.568,41, garantindo a recuperação completa da estrutura física, com reforço predial, manutenção elétrica e hidráulica, adequação da cozinha às normas sanitárias, instalação de rampas e extintores e pintura geral com a identidade visual institucional. A escola, de sala única, atende crianças e jovens de comunidades rurais, funcionando também como ponto de referência local.

Segundo dados apresentados durante a solenidade, os investimentos somam R$ 30.642.572,84, sendo R$ 18.038.500,66 direcionados às escolas rurais e R$ 12.604.072,18 às unidades indígenas. Ao todo, 76 escolas do campo estão previstas para receber intervenções, das quais 48 já foram concluídas e 26 seguem em execução. No caso das escolas indígenas, 50 unidades compõem o planejamento, com 24 concluídas e 26 em andamento. As instituições beneficiadas estão distribuídas por municípios como Cruzeiro do Sul, Feijó, Marechal Thaumaturgo, Jordão, Santa Rosa do Purus, Tarauacá e Sena Madureira.

O governador Gladson Cameli afirmou que o fortalecimento da educação nas áreas rurais e indígenas é parte de uma estratégia de desenvolvimento social. “São os nossos estudantes que escreverão no futuro as novas páginas da história acreana. O acesso à educação para todos significa ainda um passo importante para diminuirmos as diferenças sociais do nosso estado”, disse. Ele destacou também que as visitas às aldeias revelam demandas constantes por novas escolas. “A primeira coisa que me pedem são escolas adequadas para que seus filhos e filhas possam estudar”, afirmou.

Para as comunidades, a revitalização representa mudança prática no cotidiano. A professora Rosália Corrêa relatou que a chegada da obra foi recebida com surpresa, mas rapidamente se transformou em expectativa e alívio diante da melhoria das condições de trabalho. Ela destacou que atende alunos de cinco séries diferentes e enfrenta longos deslocamentos, que chegam a duas horas a cavalo durante o período chuvoso. “Hoje temos um ambiente que dá prazer de ensinar e de aprender”, afirmou.

A servidora Jéssica Silva de Moura, que também é mãe de aluna, afirmou que a estrutura renovada trouxe segurança e tranquilidade. Moradora da região, Maria Raimunda Sousa da Silva destacou que a antiga estrutura apresentava risco à comunidade e que as melhorias na escola e no ramal facilitaram a rotina das famílias. Entre os estudantes, a biblioteca se tornou o espaço mais frequentado. Aurora Pinho, de 9 anos, disse que o novo ambiente incentiva ainda mais seu interesse por leitura.

O secretário de Educação, Aberson Carvalho, explicou que o estado administra mais de 400 escolas e 395 anexos nas zonas rurais, ribeirinhas e indígenas. Segundo ele, a diversidade de modelos — escolas em alvenaria, mistas e compactas — reflete a necessidade de atender realidades distintas, mantendo a oferta educacional próxima às comunidades. Ele destacou que 70 escolas indígenas estão em funcionamento, com mais de 40 já entregues revitalizadas, além das 48 unidades do campo recuperadas.