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Meio ambiente

Gestão de resíduos no Acre é debatida em painel do Amazônia Que Eu Quero

O Acre encerrou nesta terça-feira (19) a etapa local do projeto Amazônia Que Eu Quero com um painel sobre gestão de resíduos sólidos, realizado no auditório da Federação das Indústrias (Fieac), em Rio Branco. O encontro reuniu especialistas, autoridades e representantes da sociedade civil para discutir alternativas ao descarte de lixo nos municípios acreanos e levantar propostas para políticas públicas de destinação adequada dos resíduos.

A diretora da Rede Amazônica, Flávia Menezes, destacou a importância do debate diante do aumento da produção de lixo e da necessidade de soluções integradas. “A gente tem uma produção de lixo residencial e industrial cada vez maior. Esse debate movimenta políticas públicas para o destino e descarte corretos”, afirmou.

Entre os participantes, o diretor da Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (Utre) de Rio Branco, Kemmil de Araújo Lima, informou que a coleta residencial atinge atualmente 100% da capital e que está em andamento a preparação de um projeto piloto de coleta seletiva em bairros específicos. Segundo ele, o cenário atual mostra que “há dez anos era o município que levava a coleta seletiva, hoje é o morador que pede. Esse é um desafio que estamos enfrentando”.

O engenheiro sanitário Diego Leite reforçou a necessidade de encerrar lixões e citou o processo de desativação do aterro de inertes de Rio Branco, iniciado em 2021 e ainda em andamento. Para ele, a manutenção de depósitos irregulares causa impactos diretos na saúde pública e na preservação ambiental.

Já o secretário estadual de Planejamento, Ricardo Brandão, apontou o financiamento como o maior entrave para a substituição de lixões por soluções mais modernas de gestão. Segundo ele, o governo estadual tem buscado apoio federal e articulado ações com a Secretaria de Meio Ambiente e o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) para ampliar a educação ambiental. “Estamos preparando a população e nossos jovens para uma atuação responsável em relação ao gerenciamento de resíduos sólidos”, disse.

O projeto Amazônia Que Eu Quero, criado em 2019 pela Fundação Rede Amazônica e pelo Grupo Rede Amazônica, tem como proposta estimular a educação política por meio da interação entre agentes públicos, especialistas e a sociedade. A iniciativa já passou por diferentes estados, reunindo diagnósticos e soluções locais que serão sistematizados em um caderno com recomendações para gestores públicos.

Fonte: G1