A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) identificou um segundo suspeito de participação na tentativa de um atentado a bomba nas imediações do Aeroporto Internacional de Brasília para impedir a posse do presidente diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no dia 1 de janeiro. O suspeito, identificado como Alan Diego Rodrigues, está sendo procurado e existe a possibilidade que ele já tenha deixado a capital federal.
O nome Alan foi citado pelo terrorista bolsonarista George Washington De Oliveira Sousa, 54, preso por planejar o atentado ao terminal aeroportuário, em seu depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal. Ele admitiu que o crime seria praticado por razões políticas. O bolsonarista teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e foi transferido para o Complexo Penitenciário da Papuda na tarde do domingo (25).
“Eu resolvi elaborar um plano com os manifestantes do QG do Exército para provocar a intervenção das Forças Armadas e a decretação de estado de sítio para impedir instauração do comunismo Brasil. No dia vários manifestantes do acampamento conversaram comigo e sugeriram que explodíssemos uma bomba no estacionamento do Aeroporto de Brasília durante a madrugada e, em seguida, fizéssemos denúncia anônima sobre a presença de outras duas bombas no interior da área de embarque”, disse Sousa em seu depoimento à PCDF, de acordo com a reportagem.
O empresário foi preso com arsenal composto por armas e explosivos, na noite de sábado (24/12), véspera de Natal. Em depoimento, ele afirmou que veio para a capital federal “preparado para guerra” e que aguardava uma “convocação do Exército”, pois é um “defensor da liberdade”.
O empresário disse ter gastado cerca de R$ 160 mil em armas e R$ 600 em dinamite antes de sair de Xinguara (PA) para a capital federal, onde participava de atos em frente ao QG do Exército desde 12 de novembro.