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Cultura

Prefeitura e UFAC firmam parceria para preservação do acervo arqueológico de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco firmou nesta sexta-feira, 10 de outubro, um acordo de cooperação técnica com a Universidade Federal do Acre (UFAC) para garantir a preservação, custódia e pesquisa do acervo arqueológico do município. O termo, publicado no Diário Oficial da União, terá validade até 2030 e será acompanhado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

O acervo, composto por peças cerâmicas e outros materiais com até dois mil anos, será transferido em duas etapas para o Centro de Arqueologia e Antropologia Indígena da Amazônia Ocidental (Caainam/UFAC), onde receberá condições adequadas de guarda e conservação, além de ficar disponível para pesquisa científica e visitação pública.

O prefeito Tião Bocalom afirmou que a parceria representa um avanço na preservação do patrimônio histórico da capital. “A Prefeitura, até o momento, não dispunha de um local adequado e a UFAC já possui essa estrutura. Nada melhor do que colocá-lo na universidade, para que as pessoas possam visitar e conhecer a riqueza da nossa terra, com peças de até dois mil anos”, declarou.

A superintendente substituta do Iphan, Antônia Barbosa, explicou que a transferência segue as normas nacionais de movimentação de bens arqueológicos. “A FGB é uma instituição de guarda, não de pesquisa. Ao transferir o material para a UFAC, ele se torna acessível ao público e aos pesquisadores. O Iphan atua como órgão fiscalizador, garantindo que o patrimônio seja preservado e devidamente cuidado”, afirmou.

O presidente da Fundação Garibaldi Brasil (FGB), Klowsbey Pereira, destacou que a atual gestão teve a preocupação de resgatar o acervo e destiná-lo a um espaço adequado para conservação e pesquisa. Já o coordenador do Patrimônio Histórico da FGB, professor José Wilson, informou que o material será acompanhado por uma arqueóloga responsável. “Estamos transferindo esse material com segurança e a certeza de que ele será bem preservado e pesquisado pelos nossos estudantes”, afirmou.

Para o professor Jacó Piccoli, representante do Caainam/UFAC, o acervo representa uma contribuição direta ao desenvolvimento da ciência e à compreensão da ocupação humana na Amazônia Sul-Ocidental. “Esperamos que esse patrimônio arqueológico contribua para o desenvolvimento da ciência, especialmente da arqueologia, ajudando a compreender a cronologia e a cultura da ocupação humana na Amazônia Sul-Ocidental”, disse.

O vereador João Paulo, que acompanhou o ato, ressaltou o papel das instituições envolvidas. “A FGB conduziu o processo com ética e compromisso com o nosso patrimônio histórico. Quem ganha é o povo, que terá sua história preservada da melhor forma possível”, afirmou.

A transferência definitiva do acervo deve ser concluída até fevereiro de 2026. O material ficará sob guarda da UFAC por um período de cinco anos, até que o município disponha de um museu próprio para abrigar o patrimônio arqueológico de Rio Branco.