A preparação para a Conferência das Partes sobre Mudança Climática (COP30), que ocorrerá em Belém (PA), tem impulsionado a disseminação de informações sobre práticas de enfrentamento da crise climática. Entre os conceitos em destaque estão o sequestro de carbono e a descarbonização, ambos abordados pelo Sebrae na série Glossário Agenda Climática, voltada para apoiar micro e pequenas empresas na adaptação aos desafios ambientais.
O sequestro de carbono consiste na remoção de dióxido de carbono (CO₂) da atmosfera e no armazenamento desse gás em reservatórios naturais ou artificiais. Os meios naturais, conhecidos como soluções baseadas na natureza, incluem hortas comunitárias e corredores ecológicos. Já as alternativas tecnológicas envolvem técnicas de captura e armazenamento de carbono, como o Carbon Capture and Storage (CCS).
Por sua vez, a descarbonização é o processo de reduzir ou eliminar as emissões de carbono associadas a atividades econômicas e sistemas de energia. O objetivo é diminuir o impacto das mudanças climáticas e alcançar a neutralidade de carbono. Entre as principais estratégias estão a substituição de combustíveis fósseis por fontes renováveis, a adoção de veículos elétricos, o fortalecimento do transporte público movido a energias limpas, a eficiência energética em indústrias e edifícios, além da recuperação de florestas e áreas verdes.
Segundo o Sebrae, compreender a diferença entre os dois conceitos é essencial para que os pequenos negócios consigam se adaptar e contribuir com a transição para uma economia de baixo carbono. “A melhor compreensão sobre esta pauta transversal contribui para a adaptação dos pequenos negócios e da sociedade aos desafios advindos das mudanças climáticas, impulsionando a economia verde e modelos de negócios sustentáveis em diversos setores”, destacou a instituição.
Na COP30, o Sebrae pretende dar visibilidade às micro e pequenas empresas que desenvolvem soluções sustentáveis, promovendo a inclusão desses empreendimentos no centro da inovação verde. A expectativa é que o fortalecimento do conhecimento e da prática em torno de ações de sequestro e descarbonização amplie a capacidade de resposta do Brasil às metas globais de enfrentamento das mudanças climáticas.