Connect with us

Industria

Sobretaxa dos EUA inviabiliza exportações de castanha-do-Brasil da Cooperacre

A Cooperacre, maior cooperativa agroextrativista do Acre, informou que as exportações de castanha-do-Brasil beneficiada para os Estados Unidos foram inviabilizadas em 2025 devido à sobretaxa de 50% imposta pelo governo norte-americano. A medida, somada à baixa safra do produto, comprometeu as perspectivas de negociação com o mercado externo.

De acordo com o diretor comercial da Cooperacre, Kássio Almada, em entrevista ao ac24agro.com, a nova tarifa compromete a viabilidade comercial do produto acreano. “Levando em conta a frustração de safra deste ano e o alto preço que a matéria-prima chegou, o tarifaço do governo americano inviabiliza qualquer perspectiva de novas negociações com os nossos clientes de lá”, afirmou Almada, em entrevista ao site ac24agro.

Em 2024, a Cooperacre exportou 528 toneladas de castanha para os Estados Unidos, o equivalente a 40% da produção beneficiada. O produto atende à indústria alimentícia norte-americana, considerada exigente em termos de qualidade. Nos anos anteriores, as exportações foram de 432 mil kg (2021) e 352 mil kg (2023), conforme dados da própria cooperativa.

A safra de 2025, no entanto, foi considerada fraca, o que obrigou a priorização do abastecimento do mercado interno. “Ano passado e ano retrasado, nós vendemos bem para os Estados Unidos. Esse ano, nós tínhamos planejado vender para lá, mas como a matéria-prima estava escassa e o preço ficou elevado, então acabamos vendendo praticamente cem por cento aqui no Brasil”, explicou o superintendente da Cooperacre, Manoel Monteiro.

Além da Cooperacre, outras empresas brasileiras que atuam na exportação de castanha-do-Brasil também devem ser afetadas pela medida adotada no início do novo governo Trump.

A matéria original foi publicada por Itaan Arruda no site ac24agro, em 10 de julho de 2025.