Agentes da Segurança Pública do Acre concluíram nesta quinta-feira, 18 de setembro, em São Paulo, o curso de operação do drone Harpia, encerrando dois meses de formação intensiva realizada na sede da Advanced Technologies Security & Defense (ADtech). O treinamento, iniciado em julho, integra o processo de implantação da nova tecnologia adquirida pela Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp).
O Acre se tornou em maio o primeiro estado brasileiro a obter o Harpia, Veículo Aéreo Não Tripulado projetado para reforçar o videomonitoramento e apoiar operações de segurança e resposta a desastres ambientais. Para o secretário de Segurança Pública, José Américo Gaia, a introdução do equipamento representa uma mudança de paradigma. “Ao investir em capacitação e inteligência operacional, estamos preparando o Acre para enfrentar desafios com mais estratégia e menos improviso. Essa conquista reforça nosso compromisso com uma segurança moderna, eficiente e integrada”, afirmou.
Durante a formação, os quatro agentes selecionados — Delmar Cavalcante, Frank Damaceno, Tarso de Souza e Wagner da Silva — receberam instruções teóricas e práticas sobre legislação de drones, montagem e manutenção do equipamento, além da operação de softwares e sensores embarcados. A capacitação foi conduzida por especialistas da ADtech, responsável pelo desenvolvimento do Harpia.
O policial penal Wagner da Silva destacou que a tecnologia amplia as possibilidades de atuação. “Participar dessa formação foi mais do que aprender a operar um equipamento de ponta; foi compreender o papel da tecnologia no futuro da segurança pública. O drone Harpia nos dá olhos onde antes era impossível chegar, e isso significa mais proteção para a sociedade e mais precisão nas nossas ações”, declarou.
O Harpia possui autonomia de até 12 horas, velocidade de 100 km/h e pode alcançar 5 mil metros de altitude, com raio de operação de até 1.200 km. O equipamento é dotado de câmeras eletro-ópticas e infravermelhas de alta resolução, com possibilidade de acoplar sensores adicionais, como radar SAR e sistemas de inteligência de sinais. O sistema atenderá às demandas das polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e órgãos de fiscalização ambiental, consolidando um modelo de vigilância e resposta integrada em todo o território acreano.