A 5ª Conferência Estadual de Políticas para as Mulheres reuniu, em Rio Branco, delegadas dos 22 municípios do Acre para discutir ações prioritárias e escolher as representantes que participarão da etapa nacional, marcada para 29 de setembro a 1º de outubro, em Brasília. O evento, promovido pelo Governo do Estado por meio da Secretaria da Mulher (Semulher) e do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, teve como tema “Mais Democracia, Mais Igualdade, Mais Conquistas para Todas” e foi estruturado em seis eixos temáticos, abrangendo autonomia econômica, enfrentamento à violência, saúde integral, participação política, desenvolvimento sustentável e promoção da diversidade.
Durante a conferência, lideranças destacaram a importância da participação feminina na formulação de políticas públicas. A conselheira nacional Sônia Zerino afirmou que ampliar a presença das mulheres nos espaços de decisão é fundamental para fortalecer a democracia. Representando o Ministério das Mulheres, a assessora especial Lygia Pupatto ressaltou que o debate deve se estender para além do evento, alcançando escolas, órgãos públicos, empresas e organizações, e que a responsabilidade de avançar nas políticas para as mulheres é de toda a sociedade.
O encontro também contou com falas que reforçaram a necessidade de considerar a diversidade de realidades das mulheres acreanas. A secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa, enfatizou a meta de feminicídio zero e a importância de políticas públicas que atendam diferentes grupos, como indígenas, negras, mulheres do campo e da cidade, LGBTs, jovens e idosas. Já a presidente do Conselho Estadual dos Direitos das Mulheres, Geovana Castelo Branco, alertou para a invisibilidade das trabalhadoras rurais no enfrentamento à violência e defendeu propostas aplicáveis em nível municipal, estadual e nacional.
As propostas aprovadas no Acre serão apresentadas na 5ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, promovida pelo Ministério das Mulheres e pelo Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM). A etapa nacional contará com a participação da sociedade civil organizada e tem como objetivo consolidar diretrizes e ações para garantir e ampliar os direitos das mulheres em todo o país.
