O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso na manhã de sábado (22) após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que determinou a prisão preventiva com base em relatório da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal. O documento registrou que, na noite anterior, a tornozeleira eletrônica usada por Bolsonaro apresentou sinais de avaria e marcas de queimadura, gerando alerta no sistema de monitoramento. Em vídeo encaminhado ao Supremo, o ex-presidente admitiu ter usado um ferro de solda para tentar abrir o equipamento.
Após o alerta registrado às 00h07, a Polícia Federal cumpriu o mandado e levou Bolsonaro para a superintendência no Distrito Federal, onde aguardará audiência de custódia prevista para domingo (23). Na decisão, Moraes afirmou que a convocação de uma vigília feita por Flávio Bolsonaro poderia gerar tumulto e facilitar tentativa de fuga, citando esse ponto e a violação da tornozeleira como fundamentos da prisão.
A defesa do ex-presidente negou qualquer intenção de fuga e classificou o episódio como narrativa para justificar a prisão. O advogado Paulo Cunha Bueno disse que Bolsonaro estava sob vigilância permanente de agentes federais e afirmou que o uso da tornozeleira tinha apenas finalidade de constrangimento. A defesa também reiterou que Bolsonaro apresenta problemas de saúde e pediu que ele permanecesse em prisão domiciliar, solicitação rejeitada pelo ministro.