A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou que o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apresentou uma leve retração de 0,5 ponto em fevereiro, marcando 52,7 pontos, frente aos 53,2 pontos registrados anteriormente. Este recuo interrompe uma sequência de dois meses consecutivos de alta. No entanto, o índice ainda reflete um cenário de otimismo, mantendo-se acima do limiar dos 50 pontos, o qual distingue a confiança da falta dela.
A pesquisa, realizada entre 1º e 7 de fevereiro, contou com a participação de 1.347 empresas. O índice atual situa-se abaixo da média histórica de 54 pontos, embora esteja 2,1 pontos superior ao observado no mesmo período do ano anterior, quando atingiu 50,6 pontos. Marcelo Azevedo, gerente de Análise Econômica da CNI, observa que, apesar do início de 2023 ter sido marcado por uma confiança moderada, comparativamente a momentos de baixa ou ausência de confiança em meses anteriores, o ano inicia-se com uma postura mais confiante entre os empresários, ainda que de maneira moderada.
A composição do ICEI revela que a diminuição da confiança em fevereiro foi uniforme entre seus componentes. O Índice de Condições Atuais caiu 0,6 ponto, atingindo 47,7 pontos, indicando uma percepção de piora nas condições atuais, tanto da economia quanto das empresas, ao situar-se abaixo dos 50 pontos.
Por outro lado, o Índice de Expectativas reduziu-se em 0,5 ponto, alcançando 55,2 pontos, sugerindo que, apesar da queda, o otimismo em relação aos próximos seis meses permanece, com uma média positiva. Entretanto, o subcomponente que mede as expectativas para a economia brasileira nos próximos seis meses decresceu de 50,1 pontos para 48,8 pontos, indicando uma inclinação para o pessimismo dos empresários quanto ao futuro econômico do país. Em contrapartida, as expectativas relativas às empresas mostraram-se mais positivas, com o indicador em 58,4 pontos.
