Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) revelou que metade dos municípios do Acre enfrenta desabastecimento de vacinas em setembro. O levantamento não detalhou quais imunizantes estão em falta em cada localidade, mas, no Brasil, as principais vacinas mencionadas pelas secretarias de saúde são as de varicela, covid-19 e meningite.
O Acre registrou um índice de 50% dos municípios com falta de vacinas, um valor acima da média da região Norte, que foi de 42,9%. Em todo o país, a situação é ainda mais grave, com 64,7% das cidades enfrentando algum tipo de escassez. No cenário nacional, a falta de vacinas contra varicela atinge 1.210 municípios, com desabastecimento superior a 90 dias. Já a vacina contra a covid-19 está em falta em 770 cidades, com uma média de 30 dias de ausência, e a meningocócica C está indisponível em 546 municípios, com desabastecimento também superior a 90 dias.
Outros imunizantes mencionados na pesquisa incluem a tetraviral, disponível em apenas 447 municípios, a vacina contra hepatite A, em falta em 307 cidades, e a DTP, que protege contra difteria, tétano e coqueluche, indisponível em 288 localidades.
Em resposta, o Ministério da Saúde afirmou que não há um desabastecimento generalizado no país. De acordo com a pasta, a pesquisa revela situações pontuais que já estão sendo monitoradas e enfrentadas em parceria com os conselhos de saúde estaduais e municipais. O ministério informou que 65,9 milhões de doses das principais vacinas já foram distribuídas, sendo 22,9 milhões de doses contra a covid-19.
Ainda segundo o Ministério da Saúde, em 2023 foram adquiridas 2,7 milhões de doses da vacina contra varicela, com 150 mil doses previstas para serem entregues até o fim de setembro. As entregas de vacinas contra a covid-19 seguem conforme a capacidade de armazenamento de cada estado. Para a meningocócica C, em áreas onde houve falta, está sendo orientada a substituição pela vacina meningocócica ACWY.