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Industria

Produção de café no Acre cresce 9,4% e deve atingir 5,3 mil toneladas, aponta IBGE

A produção agrícola do Acre chegou a 189,3 mil toneladas em setembro, distribuídas por 64,4 mil hectares, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) divulgado pelo IBGE em 14 de outubro. O café registrou a segunda maior variação mensal entre as culturas analisadas, com alta de 9,4%, enquanto o feijão liderou o crescimento com 11,5%.

O levantamento mostra que a mandioca segue como a principal cultura do estado, com 503,2 mil toneladas, seguida por milho (118,9 mil t) e soja (63,1 mil t). A banana aparece com 89,2 mil toneladas e a cana-de-açúcar com 10,1 mil. O café, com 5,3 mil toneladas, está próximo da produção de laranja (5,2 mil t) e arroz (4,3 mil t), enquanto o feijão (2,8 mil t) e o fumo (112 t) completam a lista. Os números evidenciam uma estrutura agrícola diversificada, com destaque para o avanço de produtos voltados à agricultura familiar e às cadeias sustentáveis.

De acordo com a Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), o crescimento da cafeicultura é resultado de ações articuladas pelo governo estadual. O secretário José Luiz Tchê afirmou que o concurso de qualidade do café realizado no Acre “projetou os produtores vencedores para outros territórios do Brasil, valorizando o talento regional e consolidando o estado como referência na produção de cafés especiais”.

A Seagri também lançou o Programa de Análise e Diagnóstico de Solos do Acre, o Solo Fértil, voltado a aprimorar o manejo do solo e aumentar a produtividade de forma sustentável. O programa foi apresentado durante a Expoacre Juruá e tem como meta fortalecer a agricultura familiar e a conservação dos recursos naturais. Segundo o secretário, “o sabor do nosso café vem do solo, então temos que cuidar bastante e acompanhar esse desenvolvimento porque o nosso clima é fantástico e a gente avalia que a inauguração do complexo vai trazer uma outra dinâmica para esses produtores, tornando o Vale do Juruá um polo de cafeicultura”.

A tendência é que a valorização do café acreano se mantenha, com o apoio técnico e a inserção dos pequenos produtores nas políticas de desenvolvimento da cadeia produtiva. O avanço da cultura no estado reflete a combinação entre políticas públicas, condições climáticas favoráveis e estratégias de fortalecimento do setor agrícola.