Equipes do governo do Acre chegaram no sábado, 6 de dezembro de 2025, ao Parque Estadual Chandless, após mais de oito horas de deslocamento pelo rio Purus, para realizar a 7ª edição do Programa Saúde na Floresta, com atendimentos de saúde e ações de cidadania voltadas às cerca de 80 pessoas que vivem em 22 famílias dentro da unidade de conservação localizada entre Manoel Urbano, Sena Madureira e Santa Rosa do Purus. A iniciativa teve como objetivo garantir acesso direto a serviços básicos em uma das regiões de mais difícil acesso do estado.
Durante a ação foram ofertadas consultas com clínico geral, pediatra, ginecologista e infectologista, além de exames laboratoriais, testes rápidos, atendimento odontológico, exames de PCCU, retinografia, vacinação humana, vacinação antirrábica em animais, distribuição de medicamentos e kits de higiene. As atividades foram coordenadas pelas secretarias de Estado do Meio Ambiente e de Saúde, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz e a Prefeitura de Manoel Urbano, com apoio do Corpo de Bombeiros Militar do Acre e do Batalhão de Policiamento Ambiental. O secretário de Estado do Meio Ambiente, Leonardo Carvalho, afirmou que a presença das equipes nas comunidades da floresta busca reduzir as barreiras de acesso aos serviços públicos. Moradores relataram que o atendimento dentro da própria comunidade evita deslocamentos prolongados até a cidade.
Ao todo, a operação contabilizou 676 atendimentos, sendo 60 consultas médicas, 369 exames laboratoriais, 67 atendimentos de enfermagem, 41 prescrições de medicamentos, 80 testes rápidos, três exames de PCCU, 30 atendimentos odontológicos e 22 exames de retinografia. A Prefeitura de Manoel Urbano também atuou com pré-natal, atualização do Cadastro Único para acesso ao Bolsa Família, assistência social e ações de vigilância epidemiológica. Criado em 2004, o Parque Estadual Chandless possui mais de 690 mil hectares e mantém quase toda sua cobertura florestal preservada, onde as famílias residentes vivem principalmente da caça, pesca e agricultura de subsistência, o que mantém a demanda permanente por políticas de saúde adaptadas à realidade da floresta.