Pequenos produtores brasileiros de café especial têm conquistado espaço no mercado internacional com foco na qualidade dos grãos, práticas sustentáveis e rastreabilidade da origem. As exportações alcançam destinos como Inglaterra, Irlanda, Nova Zelândia, Austrália, Estados Unidos, Canadá e países da Europa, fortalecendo a participação nacional no comércio global do produto.
No município de Monte Santo de Minas (MG), a Fazenda Nova Aliança exporta há 13 anos para o mercado britânico por meio da marca Ozone Coffee. Segundo a produtora Juliana Paulino, a relação com os compradores se consolidou com visitas frequentes à propriedade e valorização da história da produção. A fazenda faz parte da região com Indicação Geográfica (IG) do Sudoeste de Minas, reconhecida pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), com apoio do Sebrae Minas.
Outro exemplo é a Fazenda Nakamura, em José Gonçalves (MG), que exporta microlotes para a Austrália, Estados Unidos, Canadá e Europa. O produtor Cláudio Nakamura destaca que os grãos fermentados com pontuação acima de 85 são o diferencial da produção, além da valorização de práticas sustentáveis pelos compradores estrangeiros.
De acordo com Gustavo Reis, analista de Acesso a Mercados do Sebrae Nacional, os pequenos produtores devem adotar estratégias específicas para ampliar sua atuação no exterior, como a formação de cooperativas e associações. O selo de Indicação Geográfica é apontado como um instrumento importante para garantir reputação, procedência e atratividade junto ao mercado internacional.
O Brasil, já consolidado como maior exportador de café do mundo, vê nos pequenos produtores de cafés especiais uma oportunidade de agregar valor por meio da origem, diferenciação do produto e venda em pequenos lotes. O movimento também começa a ganhar visibilidade no mercado interno.
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