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Acre e Rondônia se preparam para formar bloco sanitário independente em 2025

A partir de maio de 2025, os estados do Acre e Rondônia terão um bloco sanitário independente, livre de febre aftosa. A mudança foi confirmada por Jorge Viana, presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), durante a ExpoAcre 2024. O anúncio atende à demanda dos pecuaristas locais, que se preocupavam com os riscos de integrar blocos maiores, onde surtos em outros estados poderiam afetar a exportação de carne bovina.

Os pecuaristas do Acre haviam demonstrado preocupação com a reconfiguração dos blocos sanitários nacionais, temendo que a inclusão de seus estados em um bloco maior aumentasse a exposição a riscos sanitários, como a febre aftosa. Jorge Viana garantiu que a criação do bloco independente é uma forma de evitar esses problemas e de proteger as exportações da região.

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Atualmente, o Bloco 1, onde Acre e Rondônia estão inseridos, inclui também cidades do sul do Amazonas e sete municípios de Mato Grosso. Com a reconfiguração planejada para 2025, essas localidades serão redirecionadas para o Blocão, que é composto por 22 estados, enquanto Acre e Rondônia seguirão juntos em um bloco exclusivo.

Viana explicou que a decisão de manter Acre e Rondônia separados do Blocão foi discutida com o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o presidente Lula. Segundo ele, a mudança permitirá que os dois estados tenham maior controle sobre suas condições sanitárias, evitando que problemas em outros estados afetem o status de livre de aftosa, alcançado após décadas de trabalho.

O presidente da Apex relembrou que o Acre já havia obtido o reconhecimento de área livre de febre aftosa com vacinação em seu governo, com o apoio dos pecuaristas e a criação do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (IDAF). Em 2020, o estado alcançou a certificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação, o que representou um passo importante para a pecuária e as exportações.

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A partir da criação do bloco independente, a expectativa é que os estados possam fortalecer ainda mais a segurança sanitária e aumentar suas exportações de carne bovina. Jorge Viana afirmou que o plano é que o Acre atinja a marca de um bilhão de reais em exportações em um curto período, aproveitando a vantagem competitiva de ser uma zona livre de aftosa.

Viana também destacou a importância de continuar investindo no IDAF para garantir que o Acre e Rondônia mantenham o status sanitário necessário para acessar mercados internacionais. Ele ressaltou que os cuidados com a defesa agropecuária são essenciais para evitar prejuízos aos produtores locais, principalmente em cenários de crescimento nas exportações.

Os pecuaristas presentes no evento consideraram a independência sanitária uma conquista importante para a região. A separação do Blocão dá maior autonomia aos estados para gerenciar suas próprias questões sanitárias, diminuindo a exposição a riscos externos e fortalecendo o potencial de exportação da carne produzida em Acre e Rondônia.

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