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Empreender

Pix impulsiona faturamento de pequenos negócios e enfrenta críticas dos EUA

O Pix, sistema de pagamentos instantâneos desenvolvido pelo Banco Central do Brasil, consolidou-se como a principal forma de transação entre microempreendedores individuais (MEI) no país. Segundo levantamento do Sebrae, 97% dos MEI aceitam a ferramenta como forma de pagamento e, para quase metade deles, a modalidade representa mais da metade do faturamento mensal.

Desde sua criação em 2020, o Pix ultrapassou os tradicionais meios bancários, como TED, DOC e cartões, tornando-se o mais utilizado pela população brasileira. Em números, são mais de 6 bilhões de transferências mensais, movimentando cerca de R$ 2,8 trilhões.

O presidente do Sebrae, Décio Lima, destacou que o sistema simplificou as operações comerciais e viabilizou o acesso ao crédito para empreendedores de pequeno porte. Ele afirma que a gratuidade e a rapidez do Pix são elementos centrais para a inclusão financeira desses empreendedores e que qualquer restrição ao modelo pode comprometer a geração de renda de milhões de brasileiros.

Além de sua relevância interna, o Pix passou a ser objeto de atenção no cenário internacional. Autoridades dos Estados Unidos apontaram possíveis práticas comerciais desleais associadas ao modelo. No entanto, o Banco Central considera que o sistema amplia o acesso ao mercado financeiro e reduz a concentração bancária, beneficiando não apenas consumidores, mas também instituições financeiras e empresas de tecnologia.

O governo brasileiro estuda novas funcionalidades para o sistema, como o Pix automático e a modalidade híbrida via QR Code de boleto. Também está em análise a possibilidade de utilizar os recebíveis gerados por meio do Pix como garantia em operações de crédito para pequenos negócios, como forma de fortalecer o setor.