Com o objetivo de reduzir a fila de espera por atendimento dermatológico na rede municipal de saúde, a Prefeitura de Rio Branco, realizou nos dias 31 de agosto e 01 de setembro um mutirão envolvendo médicos e residentes do curso de Medicina, na Policlínica Barral y Barral.
Sílvia Salgueiro, responsável pelo serviço de divisão de regulação do município (SISREG), informou que a meta do programa foi atender 200 pacientes que foram chamados de acordo com critérios clínicos e com o tempo de espera.
“Na fila de regulação, atualmente, a gente tem em média 500 pacientes aguardando por uma consulta com o especialista de dermatologia. Essa ação vem qualificar essa fila. Muitos estão há meses, um ano aguardando na fila devido à carência de profissionais dermatológicos no município de Rio Branco. Foi feita a ligação para estes pacientes desta fila da regulação”, explicou.
Durante o atendimento, os pacientes passaram por exame dermatológico para avaliar o problema para posteriormente ser conduzido de acordo com o caso. Foi utilizado o método de Telediagnóstico, via portal, permitindo que os médicos da Atenção Básica realizassem exames fotográficos de lesões de pele, o chamado teledermato, e as imagens enviadas para especialistas em dermatologia do Núcleo de Telessaúde de Santa Catarina, agilizando assim este atendimento especializado.
O médico de Saúde da Família, Marcellus Negreiros, ressaltou quão relevante foi a ação face a predominância de problemas de pele na população acreana e a falta desses profissionais.
“A iniciativa da prefeitura, da universidade e do telessaúde hoje é dar vazão ao atendimento dessas pessoas que precisam desse atendimento diferenciado, triar as pessoas que tem lesões mais problemáticas mais complicadas para o especialista e àqueles que não forem não tão complicados e que apresentam situações que podem ser resolvidas pelos médicos da família, nós damos os devidos encaminhamentos aqui mesmo”, enfatizou.
A dona de casa Clécia Teixeira foi uma das pessoas atendidas. Ela aguardava há meses ser chamada para realizar o exame.
“Já estava com cinco meses que eu estava aguardando ser chamada. Já estava sem esperança, aí me ligaram na segunda-feira para eu vir que já estava tudo ajeitadinho. Gostei.”
“Fiz o agendamento no postinho do bairro porque eu estava com meu rosto muito inflamado e foi muito do nada aí eu fui procurar ajuda e me encaminharam para cá. Tem muita gente que passa anos esperando e não tem um retorno”, disse a estudante Sabrina Mariano.