Entre os dias 1 e 7 de agosto de 2024, o Acre registrou 507 focos de queimadas, conforme dados de um dos satélites monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Este número representa um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano anterior. A quantidade de focos registrados na primeira semana de agosto já corresponde a 70% das notificações de todo o mês de julho, que somaram 718 focos.
O município de Feijó lidera os registros com 164 focos, representando quase um terço do total no estado. Cruzeiro do Sul, a segunda maior cidade do Acre, aparece em seguida com 69 focos. Outros municípios com altos índices de queimadas incluem Tarauacá (58), Manoel Urbano (35) e Rio Branco (27). Em contrapartida, Acrelândia, Santa Rosa do Purus e Assis Brasil registraram os menores números de focos, com 3, 4 e 4, respectivamente.
O relatório de monitoramento climático da Secretaria de Meio Ambiente do Acre, para o trimestre julho-agosto-setembro/2024, indica uma previsão de chuvas abaixo da média para o Acre e outras regiões da Amazônia Legal. Esta previsão é influenciada pelo término do fenômeno El Niño e pelo aquecimento anômalo das águas superficiais no Atlântico Norte, que desfavorecem a ocorrência de precipitação na região. Em junho de 2024, o monitor de secas apontou o avanço da seca moderada no centro do Acre e o agravamento da seca no leste e nordeste do estado, passando de moderada para grave.