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Industria

Análise aponta crescimento das exportações do Acre e defende fortalecimento da ZPE com Rota Rondon

Em análise publicada nesta quinta-feira (15), o colunista Orlando Sabino destacou, no site AC24h, o desempenho da balança comercial do Acre no primeiro quadrimestre de 2025 e defendeu ações estratégicas para ampliar a competitividade econômica do estado. Segundo os dados apresentados, o Acre alcançou um superavit de US$ 40,07 milhões, crescimento de 35,3% em relação ao mesmo período de 2024.

O aumento nas exportações foi puxado principalmente pela carne bovina, que cresceu mais de 108%, e pela soja, que embora tenha apresentado queda em abril (US$ 6,51 milhões, frente aos US$ 9,3 milhões de abril de 2024), mantém expectativa de crescimento ao longo do ano. Também tiveram alta expressiva a castanha (109%) e a madeira (66,5%). O bom desempenho da castanha foi atribuído à valorização no mercado internacional, cujo preço subiu de US$ 1,50 para US$ 2,70 por quilo entre 2024 e 2025.

Para Orlando, o cenário demonstra a importância de consolidar políticas estruturantes para exportação. Ele destaca a relevância da Rota 2 – Quadrante Rondon, prevista no plano federal de Rotas de Integração Sul-Americana, como um eixo estratégico para conectar o Acre ao Oceano Pacífico por meio de corredores logísticos que envolvem também os estados do Mato Grosso, Rondônia e Amazonas.

Na avaliação do analista, a implementação da Zona de Processamento de Exportação do Acre (ZPE/AC), localizada em Senador Guiomard, deve ser priorizada pelo governo estadual. Criada em 2010, a ZPE é uma sociedade de economia mista voltada à atração de empresas exportadoras com incentivos fiscais. A recente reforma tributária (Lei Complementar nº 214/2025) manteve benefícios como suspensão do IBS e CBS, isenção para consumo de energia renovável e facilidades em transações internas dentro da ZPE.

Sabino argumenta que o estado deve aproveitar o momento para consolidar a ZPE como instrumento de industrialização e diversificação da pauta exportadora. Ele sugere que o governo invista em infraestrutura de apoio ao longo das vias de acesso, integrando a ZPE à logística das novas rotas comerciais.

“A maioria dos produtos que o Acre exporta já é competitiva mesmo com as limitações atuais de infraestrutura. Com as rotas e a ZPE operando plenamente, o estado pode ampliar significativamente sua participação no comércio internacional”, conclui Orlando Sabino.