O governo do Acre realizou uma ação de assistência técnica voltada a comunidades da Reserva Extrativista Chico Mendes, com foco na regularização e valorização da produção da agricultura familiar. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Estado de Agricultura (Seagri), ocorreu nas localidades do Seringal Guanabara e Amapá e incluiu emissão de documentos, avaliação de produção e levantamento socioeconômico das famílias atendidas.
Durante a atividade, foram emitidos 47 registros no Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), documento que permite acesso a programas públicos como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Estadual de Aquisição de Alimentos (PEAA). Técnicos também realizaram a classificação de mil quilos de amêndoas de cacau, o que permite agregar valor ao produto, ampliar canais de comercialização e fortalecer a cadeia produtiva na região.
Além da emissão de documentos, a equipe técnica registrou demandas locais e colheu dados socioeconômicos das famílias. Essas informações devem subsidiar ações futuras de apoio à produção e à permanência das comunidades na floresta.
Segundo o secretário de Agricultura, José Luis Tchê, a iniciativa busca garantir que as políticas públicas cheguem a quem mais precisa e reforcem a permanência sustentável no campo. Ele destacou que a valorização da produção local é estratégica para ampliar a renda dos produtores.
A ação contou com apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Cooperativa de Produção e Comercialização de Grãos de Brasileia (Coopegrãos) e da Secretaria Municipal de Agricultura de Brasileia.
Representando a cooperativa local, Jaira da Silva ressaltou que o acesso ao CAF permitirá aos agricultores ampliarem sua renda por meio dos subsídios vinculados à borracha e outros produtos extrativistas. Ela também destacou a importância da classificação do cacau para inserção em novos mercados.
A presença institucional na reserva foi apontada como um passo relevante para aliar geração de renda à conservação ambiental, fortalecendo práticas de produção sustentável em áreas protegidas da Amazônia.