A Prefeitura de Cruzeiro do Sul está tomando medidas para apoiar os agricultores que enfrentam problemas com o mandarová, uma lagarta que ataca os roçados de mandioca de forma sazonal, dependendo das condições climáticas, como o fenômeno do El Niño.
O trabalho conjunto de órgãos como Embrapa, IDAF e as secretarias municipal e estadual de agricultura tem permitido aos produtores rurais detectar a presença do mandarová de forma mais precoce, o que ajuda a evitar danos extensos às lavouras.
Neste ano, a secretaria municipal de agricultura já começou a visitar os roçados afetados para avaliar os danos e iniciar uma resposta rápida. Segundo o Secretário Municipal de Agricultura, Eutimar Sombra, cerca de 60 hectares foram afetados na safra atual, atingindo 15 famílias de produtores rurais em áreas dispersas, como os ramais 2 e 3 do PA Santa Luzia, BR 364, ramal da Buritirana e Vila São Pedro.
O secretário orienta os produtores a procurar o IDAF, preferencialmente com uma foto das lagartas, para se cadastrarem e adquirirem o veneno biológico necessário. É fundamental identificar a fase da lagarta para um controle adequado.
Em uma das áreas visitadas, o produtor Alzenir da Silva Rocha, no ramal da Mariana 1, enfrentou uma perda de cerca de 60% da folhagem da mandioca devido à lagarta. No entanto, agindo a tempo, ele conseguiu colher a mandioca sem grandes prejuízos.
O secretário também enfatiza a importância do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como luvas, máscaras, botas, macacões e chapéus, pois mesmo o veneno biológico pode representar riscos à saúde dos produtores durante a aplicação.
A administração municipal está preparada para uma resposta rápida, com a aquisição de borrifadores manuais para auxiliar os produtores. Cinco técnicos estão disponíveis para oferecer orientação, e, em caso de um aumento significativo nos surtos, a prefeitura buscará parcerias com instituições como Ufac, Ifac e Embrapa e mobilizará equipes para os locais afetados, dispondo de transporte para esse fim.