O Ministério da Saúde iniciou a distribuição da tafenoquina em Cruzeiro do Sul, Acre, visando aprimorar o tratamento da malária causada pelo Plasmodium vivax. A cidade é responsável por 60% dos casos da doença no estado. O novo protocolo reduz o tempo de tratamento de sete para três dias, combinando tafenoquina e cloroquina.
A tafenoquina atua eliminando formas latentes do parasita no fígado, prevenindo recaídas comuns com o tratamento convencional. O esquema terapêutico prevê a administração supervisionada no primeiro dia, seguida de doses domiciliares ou supervisionadas nos dois dias subsequentes.
A implementação do novo tratamento é parte de uma estratégia nacional para eliminar a malária no Brasil até 2035, alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O Ministério da Saúde está conduzindo treinamentos para profissionais de saúde em diversas regiões, incluindo o Amazonas, para garantir a correta aplicação do protocolo.
A tafenoquina foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em 2023, após aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O medicamento é indicado para pacientes com mais de 16 anos e com atividade da enzima G6PD acima de 70%, sendo necessário realizar o teste de G6PD antes da prescrição.
A introdução da tafenoquina representa um avanço nas políticas públicas de saúde, especialmente para regiões endêmicas como o Vale do Juruá, contribuindo para a redução da incidência da malária no país.