O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, e o secretário municipal de saúde, Renan Beirth, assinaram um decreto de emergência no município em razão do aumento da proliferação do mosquito transmissor da dengue e outras arboviroses. A medida visa agilizar ações de combate à doença, incluindo a contratação de profissionais, serviços e produtos.
Segundo Bocalom, a cidade enfrenta um momento delicado semelhante ao de 2021, quando a dengue provocou mortes em Rio Branco. Ele afirmou que, naquela época, além da covid-19, a dengue também foi responsável por óbitos na cidade. O prefeito solicitou à Secretaria Municipal de Saúde dados técnicos que foram apresentados e mostraram a gravidade da situação. Com isso, a prefeitura tomou a providência de decretar a emergência. A medida entra em vigor nessa quinta-feira e tem 3 meses de validade, podendo ser prorrogada por mais 3 meses, haja necessidade.
Além disso, a gestão municipal destacou a importância da conscientização da população em relação aos terrenos baldios, que ultrapassam 20.000 na capital. O prefeito apelou para que os proprietários mantenham esses espaços limpos, visto que eles se tornam criadouros do mosquito Aedes aegypti, especialmente neste período chuvoso.
“Na realidade, a gente pede que cada pessoa que tem o seu terreno baldio, por favor, continue nos ajudando. A partir de agora, a partir deste ano, nós vamos implementar uma nova política de controle para esses terrenos baldios aqui em Rio Branco. São locais propícios, evidentemente, para o desenvolvimento do mosquito da dengue”, disse o prefeito.
Segundo dados da Secretaria de Saúde, só na última semana foram registradas mais de 400 notificações, totalizando cerca de 800 nos últimos 15 dias. De acordo com o secretário de saúde do município, Renan Beirth, a confirmação dos casos depende de exames laboratoriais que possuem um intervalo de tempo entre a coleta e a liberação do resultado, dificultando a consolidação imediata dos dados.
“Nesse ano, como a gente tá iniciando agora, a gente ainda não conseguiu finalizar, porque a gente finaliza com a conclusão de um período, que no caso é o mês. Então, como a gente não finalizou ainda o mês, a gente não tem esse dado consolidado”, explicou o secretário.